QUEM SOMOS?

Somos sonhos de quimera.

A ilusão das nossas crenças,

De tudo, as parecenças

Que parece, mas não era.

Fracassáveis pensadores.

Somos fama sem o mito,

O trágico do esquisito,

Incansáveis perdedores.

Um ponto na pequenez.

Bola da vez que renega,

A visão que se faz cega

Ao ver feio o que se fez.

Quase somos imortais.

Nós pensamos sempre assim,

Mas negamos ver o fim

Quando a vida não quer mais.

Somos, enfim, a passagem

De um ponto incerto, indeciso,

Que ao receber o aviso

Só pensa em sua bagagem.

Vilmar Daufenbach
Enviado por Vilmar Daufenbach em 05/12/2016
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