A destruição da razão.

Não penso quando escrevo.

Quando penso não consigo escrever.

Quando escrevo não tenho linguagem.

Não sei representar.

Muito menos interpretar.

O mundo é o desejo da vontade.

Não aprendi ter desejo.

O mundo é o destino maluco.

Que não pode ser encontrado.

Por ser o delírio em feitiço.

Imagino o que não pode ser.

A imaginação esquecida.

Não sou o que sou.

Porque não é possível ser.

A não ser o nada.

O que é o mundo somente a alienação.

Sou simples, por não ser o que sou.

Com efeito, sou a complexidade.

Desse modo, sou a negação da razão.

Motivo pelo qual não tenho motivação.

O que é o não ser.

Sou esse ser não sendo.

O sonho que tenho talvez a iluminação.

O que é o mundo, a negação da vontade.

Sou o sonho negado.

Perdido.

Derretido ao meio do domínio.

Sendo desse modo, a ideia corroída.

Além da possibilidade esquecida.

Um tempo distante, praticamente destituído.

Da dialética simplista.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 04/12/2016
Reeditado em 04/12/2016
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