O DESCONHECIDO
Caminhas o desconhecido
Como se todos os caminhos fossem o mesmo;
Andando...com os olhos perdidos na curva do mundo
Uma quimera sem porto;
Soando cantigas nas sombras...
Eis o desconhecido
Com os pés descalços e firmes
sobre a areia do destino;
Que a cada soprar do vento, planeia formas,
compondo atalhos,
formando tumultos e vales...
O desconhecido governa-se
na chuva, no sol, entre brumas,
mantém-se sagrado em sua verdade...
O desconhecido é incansável;
Seu rosto estável revela segredos
Seus olhos invioláveis não desvencilham-se
com as curvas do mundo;
Seu percurso é reto, e por entre sombras e areia,
sente o frescor do vento lhe acariciar o rosto...