"A ironia é sempre perigosa, pois só funciona se também for lida com ironia. Quando a pessoa não entende, é mortal." Luis Fernando Verissimo
Jogo de cintura
Você, meu desafeto, que ora lê
estes versinhos tolos, que ora faço:
um aperto de mão e um abraço,
há muito reservados pra você.
Você, que me ocupa em seu espaço
e que roda, da vida, o bambolê,
é capaz de saber como e porquê
a vértebra se curva ao espinhaço.
Você, meu alter ego, que ora lê
o que não escrevi nas entrelinhas,
que tem ideias tolas, como as minhas,
e pensa em me mandar à PQP...
Você que nunca encurva a espinha
ao colocar as nalgas no bidê,
é incapaz de ver como e porquê
o ovo traz o gene da galinha.
Você que ora lê essa abobrinha
e pensa em me mandar à PQP...
saiba que este poema é um clichê
que alguém deixou na minha escrivaninha.
Portanto, ponha a faca na bainha
e rode, na cintura, um bambolê...
Mando um beijo e um abraço pra vizinha,
e uma flor, sem perfume, pra você.
Jogo de cintura
Você, meu desafeto, que ora lê
estes versinhos tolos, que ora faço:
um aperto de mão e um abraço,
há muito reservados pra você.
Você, que me ocupa em seu espaço
e que roda, da vida, o bambolê,
é capaz de saber como e porquê
a vértebra se curva ao espinhaço.
Você, meu alter ego, que ora lê
o que não escrevi nas entrelinhas,
que tem ideias tolas, como as minhas,
e pensa em me mandar à PQP...
Você que nunca encurva a espinha
ao colocar as nalgas no bidê,
é incapaz de ver como e porquê
o ovo traz o gene da galinha.
Você que ora lê essa abobrinha
e pensa em me mandar à PQP...
saiba que este poema é um clichê
que alguém deixou na minha escrivaninha.
Portanto, ponha a faca na bainha
e rode, na cintura, um bambolê...
Mando um beijo e um abraço pra vizinha,
e uma flor, sem perfume, pra você.