INDAGAÇÃO (ATUALIDADE BRASILEIRA)
(Ps/352)


Quem sou eu
Nesse mundo em qual vivo
se o céu é escuro quando amanhece
e na noite não há mais vagalumes?

Camburões nas enseadas,
mortalhas pelas ruas, em todas elas.
Civilização?
Covas rasas, cadáveres nos becos, ancestrais?

Por hora, cerro meus olhos
e a consciência?
Subsistência débil dos mortais,
que trancafiados, aguardam mais temporais.

Onde está o sonho, que já finda
antes de sonhar?
O amor, cadê?
A humanidade, cadê?

O pensamento ultrapassa as estratosferas,
onde a beleza é escassa, é tema e matemática?
Sei que respiro mas ando a procura de quê?
Manchetes? Espetam e sangram o cotidiano que berra,
Vocifera!

Não haverá mais ações e pensamento, real e justo?
No amanhecer aguardo ainda o sol despontar
para eu reverenciar e em meu peito deixar entrar
para não sucumbir de vez e por um novo país, lutar!










 
edidanesi
Enviado por edidanesi em 25/11/2016
Reeditado em 20/11/2017
Código do texto: T5834469
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