HOMEM DE PAPEL CREPOM
HOMEM DE PAPEL
A degradação da vida
olha as sombras dos mortos.
Passado o gelo em toda a parte
e as velas dançam nas águas amargas do Mar Morto.
Eu, homem feito de papel crepom julgo a voz que me grita.
Tenho, acredito mesmo que como o milésimo homem que
o céu seja azul;
o trovão seja irreal e
a morte quebra os diques.
As águas me rodeiam e
deixam adornar o céu cinza
das gerações futuras.
LÍNGUAS
Muitas centelhas do ódio,
são amor a razão de seu silêncio.
Com pensamentos cegos e venenosos pinta a rocha
As flores em algum canto crescem
e o vento sopra sobre a má lingua
e produz em um Homem calado a sapiência.