hospitais
cadeiras brancas, aventais,
mascaras e agulhas
cruzes rubras, silêncio
dor e desconforto
aguardo agonizando
e inconsciente
moribundo
esperando a minha hora
espera desesperada
sinto a dor
ferida exposta
ao leve toque
tudo se desfaz
tudo cíclico e finito
a morte em cada canto
sente náuseas, sente espanto
uma vida inteira significando
nada
pois
é delirante pensar em
como tudo pode acabar
tão rápido
quase num apagar de luzes
odeio o cheiro de remédio
odeio os olhos sem vida
odeio as lamurias
e a cruz na parede
se alguma forma este lugar exemplifica o final
prefiro pegar a senha que guardo em minhas mãos
e joga-la no lixo
e dar as costas para este tipo de fim.