DERRAME DO ÂMAGO
Minhas ideias andam alcoolizadas,
Trituradas pelo metanol da mente
Que rebola dente labirintos e sente
O ébrio mascar das falsas alvoradas.
Meu raciocínio é de etnia amarelada
Donde se obtém uma raça mitológica,
Nada se consuma perante uma lógica
Que inverte valores e jamais se dilata.
Eis-me preso a uma fatalidade de mim
Que navega na inconsciência sem fim
Dum cérebro cujo leme parece droga...
Consciência aborígene que me é farrapo
Duma vida sem ritual, ferida esparadrapo
Que nada cola nem protege e se afoga!
DE Ivan de Oliveira Melo