RESTOU MEU NORDESTE ( POESIA PREMIADA - BIBLIOTECA MUNICIPAL DE MOGI GUAÇU, quinto lugar).
Tinha um pouco de farofa,
carne seca, feijão e arroz
e o carinho da "muié!"
Um monte de filharada,
eram gritos e algazarra,
no casebre: três por dois.
Céu aberto e estrelado,
da privada a gente via,
lá do fundo do quintal.
O meu lar eu sustentava
com o pouco que ganhava
sem presentes no Natal!
Foram chuvas de janeiro,
destruindo por inteiro:
filhos, o casebre e a "muié"
Vai ser duro sem Joana,
sem casebre e sem Luana
sem o Jô e sem o Zé.
Hoje voltei pro trabalho,
restaram quatro pirralho,
quatro bocas pra alimentar!
Lá se foi o meu barraco,
estou triste e muito fraco,
deixo o vento me levar
talvez, me leve ao Nordeste
e lá encontre o que preste,
acabando com este sofrer
e de novo eu volte a viver...
(obs. esta poesia completa o numero cem, fico muito feliz
em angariar tantos amigos e tantos leitores, um abração
bem apertado em todos os que me acompanham e leem
o que eu rabisco)