Come-se frio
Como diz o ditado:
Come-se frio...
Um sentimento de rancor,
Trinca as paredes do corpo,
Inunda a mente com águas
Poluídas de limo, lama...
Joga-se sobre os olhos
Uma onda de calor cegando-lhe
Os ouvidos mudos,
A boca abre-se
Da fera presa em seu ventre
Rangidos de dentes.
Nasce a destorção do que vê
Palavras do bem pra quem esta assim
Vem quente como lança
Atravessando-lhe suas artérias
Esmagando cérebro
Dilacerando veias,
Destorcendo imagens.
Gritos e gemidos nesse vale
Da morte comendo a carne;
perdão
Ato...Fato...Atitude
Um passo
Para a libertação.
Tormento que sente fome
Sede , desejo de vingança
Prisão, sofrimento de quem esta nessa cadeia
Tenebrosa, assombrosa possuído pelo ódio
Casca de ferida,
Enfebrada...
O argumento pode ser pior,
Gerando outra ou dando continuidade
Ao fato constrangedor;
Já que os ouvidos estão comprometidos
Pela dor e sofrimento
De sentimento que se transformou
Em pilares das paredes apodrecidas
Pelo tempo...
Esse sentimento
Leva a destruição, ao crime
Matando a própria essência de vida,
Trazendo doenças pelo portal
Chamado pensamento,
Ressentimento.
Chamas,
Chagas,
Escolhas perturbadas
Cada qual escolhe sua jornada,
Os outros de fora
não conseguem fazer nada,
Pois, a vingança é prato frio.