DEPOIS ENTÃO NADA
Sou bom amigo do frio
da coberta quente
do travesseiro gelado
do sono inclemente
da lógica incoerente
que ilógicamente se revolve
em muitos pensamentos
como rio na mente fluem
como fios de contas
que pendem e se unem
em vozes e palavras
que sem nexos se puem
sem sentidos ou pontas
eu apenas as escuto
são pessoas que passam
tontas e eu as enxergo
mas elas não me veem
vejo riachos
de águas calmas que passam
que tremeluzem e fluem
e diluem-se em sussurro
em escuro
em nada