Pois, Agora!
Portanto, não se percebe que a distância
Entre o tempo da chegada e da partida
É tão pequena, e nada há além da ânsia,
Da conquista, busca alucinada pela vida.
E na vida que se busca, o hoje se perde
No amanhã que se alonga para o depois.
Estranha lógica que pede o que já é tarde,
Ah! Dúvida do que foste e de quem sois.
Logo, o corpo lembra que o futuro findou,
Então, no reverso do até agora, inventamos
Um jeito alucinado para viver o hoje, ou
Uma nostalgia para viver o que já passamos.
Pois, no hoje passado do que já foi futuro,
Nesta lei paradoxal de quem vive, fica e dói,
A sensação do não vivido perdido no escuro,
Nas lembranças, nas saudades como anzóis!!!