Pois, Agora!

Portanto, não se percebe que a distância

Entre o tempo da chegada e da partida

É tão pequena, e nada há além da ânsia,

Da conquista, busca alucinada pela vida.

E na vida que se busca, o hoje se perde

No amanhã que se alonga para o depois.

Estranha lógica que pede o que já é tarde,

Ah! Dúvida do que foste e de quem sois.

Logo, o corpo lembra que o futuro findou,

Então, no reverso do até agora, inventamos

Um jeito alucinado para viver o hoje, ou

Uma nostalgia para viver o que já passamos.

Pois, no hoje passado do que já foi futuro,

Nesta lei paradoxal de quem vive, fica e dói,

A sensação do não vivido perdido no escuro,

Nas lembranças, nas saudades como anzóis!!!

MAReis
Enviado por MAReis em 16/11/2016
Reeditado em 16/11/2016
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