Pra quem se mandou
Em tempos de trevas, agonia
Nos tempos de trovas, amor.
Nos dias de sol, maravilhas;
Nas noites de frio meu calor.
Nas curvas do rio, alegria
Nas ondas do mar seu amor.
Na vida noturna, heresias...
Na vida eterna o senhor.
A música que ouço é encanto;
Acelera o peito à vapor.
O sonho de amar causa espanto,
No peito de quem nunca amou.
E quem nunca amou por engano?
O cavalo de pau se exaltou!
Quantas vezes por prazer leviano;
Você na taberna entrou?
Quantos males sua alma esconde?
Quantos mares de amor já chorou?
Os conselhos do velho Visconde...
Só sevem pra quem se mandou.