Talvez
Talvez eu seja calmaria
O doce som do vento na janela
A brisa leve que toca o rosto
O luar atrás de uma palmeira
Ou talvez eu seja tempestade
A ventania que destrói telhados
Os pingos de chuva que te maltratam a pele
O ardor do sol a cegar teus olhos
A mesma onda que empurra a embarcação
Destrói o barco.
O mesmo vento que apaga uma vela
Atiça uma fogueira.
O mesmo sol que ilumina o dia
Escurece a noite.
Talvez eu seja um pequeno ponto
Entre o que o foi dito e o que vais dizer
Ou um ponto final.
Entre um ponto e outro há um mundo!
Talvez, apenas talvez...