Pai o galo e o violão
Pai sentava em uma velha cadeira,
Com um galo sereno em seu ombro,
Tocava melodias do velho Raul,
Eu, sentado, admirava os acordes.
Despertou em mim a musicalidade,
Dando-me a liberdade de sentir as canções,
Entre velhos livros de poesia,
De Manoel de Barros, mestre das palavras.
Foi ali, sobre a mesa, que encontrei minha paixão,
E me uni a ela em matrimônio,
Pois só a poesia é fiel até o fim da vida,
Nela confio e com ela vou findar.