VELHAS FORÇAS OPOSTAS

Lábios maduros dizendo palavras férteis.

Os dedos espalmados pedindo socorros.

O desespero batendo na porta,

Aglutinando velhas forças opostas,

Para o domínio territorial daquela ação

Empreendida pela falta de razão

Arraigada na vontade de poder

Que alguns possuem em suas cabeças.

Sou como um pântano ao luar,

Não tenho medo das trevas

Deus maior está comigo

Livrando-me do perigo

E colocando-me a andar

Rumo à realização de meu sonho maior.

Sei que vou e volto na leveza das palavras

Sei que faço e desfaço velhas razões

Sei que sonho em ser o que não sou

Nas mais translúcidas emoções.

Sei que sou a seiva do húmus farto

Neblinando a certeza do amor

Sei que busco os límpidos e belos regatos

Na vespertina esperança de um sonhador.

Aires José Pereira
Enviado por Aires José Pereira em 13/11/2016
Código do texto: T5821831
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