A tormenta

Sou a sombra

Sou a tormenta

A tempestade,

sou o dilúvio...

Sou o raio,

a ventania,

o trovão

Sou um coração!

Como a água

que deságua do céu,

das rochas, dos olhos

desaba um bálsamo de emoção

Sem ritmo,

sem lógica,

sem freio

sem explicação

Atinge as lacunas

Mais profundas

Da parte fecunda

Do meu coração

E, em um mundo,

Onde tudo é colorido

De cores foscas

Lívidas

Onde não há som

Nas vozes afonicas

Uma nuvem escura

Traz ritmo, brilho

À vidas vazias...

E eu...que já descrente

Gélida no presente

Com um passado obscuro

O futuro confuso

Me questiono...

Tem salvação

Um coração

Sem noção

Que se entrega a emoção

E só encontra decepção?

Dai Vask
Enviado por Dai Vask em 12/11/2016
Reeditado em 24/04/2017
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