a quietude da safira
(o livro sagrado)
nem todo livro é totalmente sagrado
nem toda bula é totalmente correta
e toda água em seu mais puro estado
não mata a sede que for mais abjeta
não há ninguém que escreva o mais indicado
que escreva torto pela linha mais certa
não há ninguém que possa ter conquistado
o que sozinho o sol nos diz e decreta
me dê um livro que não diga a verdade
pois a verdade tem a sua mentira
só quero um livro para ser meu irmão
me dê um livro cuja sinceridade
se apresente como a cor da safira
com aquele azul que embala o meu coração