a quietude da safira

(o livro sagrado)

nem todo livro é totalmente sagrado

nem toda bula é totalmente correta

e toda água em seu mais puro estado

não mata a sede que for mais abjeta

não há ninguém que escreva o mais indicado

que escreva torto pela linha mais certa

não há ninguém que possa ter conquistado

o que sozinho o sol nos diz e decreta

me dê um livro que não diga a verdade

pois a verdade tem a sua mentira

só quero um livro para ser meu irmão

me dê um livro cuja sinceridade

se apresente como a cor da safira

com aquele azul que embala o meu coração

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 04/11/2016
Código do texto: T5812586
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