DESABAFO ATEMPORAL
Há segundos
Que teimam durar horas,
E horas... Dias, meses
Até anos.
Aonde ir?
Aonde correr?
Se o tempo todo, o Tempo
Brinca de esconder.
Às vezes é preciso se perder
Para se encontrar,
Cair em abismos,
Chorar, sair sorrindo...
Encontrado.
Quem não foi educado pelo tempo,
Jamais saberá o que é a dor,
Nem o amor
Tampouco um poema.
E, neste inexato jogo atemporal,
Sem revelar seus segredos,
O tempo segue...
Ah, relógio descomunal,
Tic-tac existencial,
Um dia, talvez...
Eu entenda o seu tempo.