EM DIAS DE SOL
Às vezes,
em dias de sol
não sei o que escrevo,
se não me vem,
tão inesperada,
a inspiração.
Algum poema
que já fiz,
não sei se o reescrevo,
ou se é apenas eu,
que escrevo agora
com lentidão.
Nem o ocaso do sol
me faz escrever
com emoção, mas
talvez, quem sabe,
se penso em meu
amor com enlevo,
o poema vai sendo
feito, devagarinho,
sem a ilusão de ficar
sem fazê-lo, quando
o sol, na tarde, não
mais se acha em relevo.
Às vezes, não é falta
de vontade para
escrever, porque,
como poeta, para
compor, gosto
de está com
o pensamento
emocionado.
E, para cada emoção,
sinto que, o fazer
poético faz renascer,
pela inspiração,
o desejo de rever
o sol no luar
ensolarado. Assim,
fazer poesia para
mim, é retirar cada
verso do casulo
que lhe prolonga
a eventual solidão.
Na esperança
de que o sol poético
brilhe intenso
no poema quase
acabado. Porquanto,
não há maior
alegria para o poeta,
do que sentir que
o seu texto bem
inspirado, é capaz
de sensibilizar
o leitor, reluzindo
com emoção,
na luz do seu coração.