EM DIAS DE SOL

Às vezes,

em dias de sol

não sei o que escrevo,

se não me vem,

tão inesperada,

a inspiração.

Algum poema

que já fiz,

não sei se o reescrevo,

ou se é apenas eu,

que escrevo agora

com lentidão.

Nem o ocaso do sol

me faz escrever

com emoção, mas

talvez, quem sabe,

se penso em meu

amor com enlevo,

o poema vai sendo

feito, devagarinho,

sem a ilusão de ficar

sem fazê-lo, quando

o sol, na tarde, não

mais se acha em relevo.

Às vezes, não é falta

de vontade para

escrever, porque,

como poeta, para

compor, gosto

de está com

o pensamento

emocionado.

E, para cada emoção,

sinto que, o fazer

poético faz renascer,

pela inspiração,

o desejo de rever

o sol no luar

ensolarado. Assim,

fazer poesia para

mim, é retirar cada

verso do casulo

que lhe prolonga

a eventual solidão.

Na esperança

de que o sol poético

brilhe intenso

no poema quase

acabado. Porquanto,

não há maior

alegria para o poeta,

do que sentir que

o seu texto bem

inspirado, é capaz

de sensibilizar

o leitor, reluzindo

com emoção,

na luz do seu coração.

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 30/10/2016
Reeditado em 13/09/2017
Código do texto: T5807477
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