Titereiro
O medo do julgamento alheio é traiçoeiro,
Inibe seus pensamentos e os colocam em cativeiro
Te manipula, prende, usa e deturpa
Em um teatro onde você é a marionete e o medo é o titereiro.
O medo do julgamento alheio é o nevoeiro que separa você de você mesmo,
E te faz pensar e repensar, mil vezes, o que escrever em um dia inteiro,
Tornando-te um prisioneiro das suas próprias inseguranças e anseios
Em uma terra onde a autenticidade e a confiança em si são os candeeiros que te iluminam pelo nevoeiro.
O medo do julgamento alheio é o que lhe motiva a equiparar sua arte com a de terceiros
E te faz acreditar que arte é uma competição em que o adversário está sempre em primeiro,
Mas não, arte não se mede ou atribui qualquer valor
Assim como no homem não se atribui por sua beleza ou sua cor
Por isso, liberte-se!
E quando se sentir inspirado
Com o trabalho e a opinião alheia não se importe
Pois é como diz Sigmund Freud:
Se for para comparar, compare-se com você mesmo no passado.