Infante de paz

Infante de paz

Sobre a cabeça uma chuva de meteoros,

quando o que precisava era de uma luz

que viesse desfazer a minha obscuridade.

No caminho, ventos e tempestades,

ondas assustadoras a inundarem meus pés

e a destruírem as muralhas dos sonhos.

Uma angústia a invadir-me o peito,

a trazer o pranto em taças de cristal

e pratos da mais pura porcelana.

Os amigos cobriram suas faces

enquanto relâmpagos e trovões

rasgavam-me a alma dilacerada.

Procurei abrigo e o aconchego de um colo.

Numa manjedoura encontrei o que precisava:

Um humilde infante a encher-me de paz.