O princípio da falseabilidade do caráter.
O mundo não é apenas interpretação.
O mundo é, sobretudo, dissimulação.
A representação dissimulada como representação.
Deseja ser crítico.
Comece a interpretar as dissimulações.
Pense em compreender o mundo.
Procure refletir as falsificações.
O mundo não é autenticidade.
Impossível a existência de tal preceito.
A representação é a razão falsificada.
A cultura é o caráter corroído.
Motivo pelo qual o mundo é um perigo.
Não existe substancialidade.
O que há mesmo é o não significado sendo manipulado.
O quanto é triste entender tal fenômeno.
E ter que vivenciá-lo ao dia a dia, como sendo a normalidade.
A estrutura psicológica sapiens é viciada.
O individuo é doente.
Devido aos padrões culturais estabelecidos.
O sujeito da cognição é falso, tem como lógica a demagogia.
A estrutura de memória psicopática.
Mentirosa em sua essencialidade.
O sapiens mente que existe deus, amor, céu, inferno, Estado, cidadania.
Justiça sócia.
Como se a riqueza fosse produto do próprio mérito.
Não há merecimento, o que existe mesmo é dominação.
Existência de é uma razão mentirosa, pervertida.
Como muito bem refletiu Fernando Pessoa o poeta é fingidor.
A essência motivacional da razão é a enganação.
O leitor por definição trapaceiro.
A mente humana é naturalmente deturpada.
Socialmente, fruto de fatores diversos.
O principal deles a inautenticidade.
A doença é tão complexa e comum.
Cujo fundamento surge como normalidade.
Desse modo, não há saúde mental.
O sapiens não é ético, não prima pela verdade.
Epistemologicamente, não existe a idealidade.
O que há mesmo é a ideologia da vontade.
O desejo de vencer.
A vontade do poder, cujo objetivo a vingança.
Se acreditar na ideologia encontra-se a verdade.
Pois a mesma é ideológica.
Motivo pelo qual o homem é desorientado.
Com efeito, a essência da vivência sustenta-se na manipulação.
O homem é dissimulação.
O que está no discurso.
É a negação da linguagem.
Maquiavel percebeu tal procedimento com sapiência.
Talvez tenha entendido também Nietzsche.
Entretanto, não pronunciado desse modo.
O que refletiu Schopenhauer.
O mundo como representação.
No entanto, a representação é engodo.
Analisou Foucault na ordem do discurso esconde as razões impregnadas nas manipulações.
O mundo é manipulação.
Em defesa das ideologias diversas.
Não tem como a cultura sustentar-se na autenticidade.
Pelo fato da inexistência da mesma.
O homem aproxima do homem com motivações secundárias.
Esconde na cognição o interesse de sua linguagem.
O sapiens é um ser pervertido e perigoso.
Não se trata de um homem em particular.
No entanto, tanto mais perigoso será.
Quando não tiver em sua memória.
A consciência de sua perversão.
Um mal natural preso ao mundo do instinto.
Funciona com simetria, a verdadeira motivação a difusão da mentira.
Formatada como critério de verdade.
Até mesmo o que parece ser certo, o verdadeiro desejo é a sacanagem.
O que se denomina de civilização.
A institucionalização da maldade como cultura do bem.
Quem comportar diferentemente transforma-se ideologicamente em desajustado.
O mal venceu o bem.
O cristianismo foi instrumentalizado.
Sendo assim, o mundo é sua ideologização.
Entenda, é muito raro alguém que mereça ser levado a sério.
A lógica do mundo é o engano.
Compreenda o mecanismo cultural da falseabilidade.
O homem em suas relações nobres, tudo que objetiva é o domínio do outro.
Para tal é necessário à mentira.
O mundo é a sua própria deturpação.
Compreenda o mundo, é fundamental para não ser ingênuo.
Entenda você é a sua única proteção.
Sendo desse modo, não há perspectiva.
O homem é a sua destruição.
Edjar Dias de Vasconcelos.