Meu Monstro Diferenciado

Me use e jogue fora

Estarei na lata de lixo a qualquer hora

Não tenho preferência, pode ser na cesta da escola.

Escuto sempre tantas pessoas me chamarem de idiota

E sempre que sofro uma derrota, fecho minha porta

A pessoa não se importa, naturalmente se comporta

Sou alguém que quer animar

E com sorrisos e alegria o mundo conquistar

Memórias do passado eu recobro

Tristonho no chão me dobro

E, sozinho procuro algo para me confortar

Qualquer coisa, da mais simples, para me aliviar

Talvez até uma boia para me salvar

Buscando desesperadamente me recuperar.

As vezes digo não, em termo para proteção

Mas como o médico e o monstro, ninguém me entende

Mas o meu tal monstro é bem diferente

Ele se mostra frágil e dependente de companhia

Teme a solidão sombria

Assumo ser um monstro realmente lamentável

Não posso, em nenhum momento, dizer que é admirável

Os meus defeitos tornam minhas qualidades invisíveis

São ocorrências irreversíveis

Meu erro frequente é dizer que quero te ter

Mesmo dizendo que incomodo está a ser

Mostrarei como está enganado, ser humano

Mostrarei como te amo e como sofro pelo abandono.

A minha diferença não me torna um sujeito legal

Mas tudo bem, está chegando o Natal.