DISTIMIA

Não ter forças para se levantar

Céu escuro em todo amanhecer

Em tudo ver motivo pra chorar

Torna-se costumeiro o sofrer

Como se fosse sempre tempestade

Não vê do sol, os raios jamais

Não sabe o gosto da felicidade

Sempre à deriva, nenhum cais

Colhendo da alma seu pranto

Sorvendo o gosto dessa nascente

Sal que tempera o triste canto

Sem decifrar, ao certo, o que sente

Não vê no jardim nenhuma flor

Tentando expressar em poesias

Um vazio, inexplicável dor

Não sabe, mas isto é distimia