O pouco com que me contento!
Não sabes que somente do pouco tenho necessidade?
Que aquilo que sobeja da mesa do rico, é vaidade?
Passam perto e nem me olham porque eles são pobres e sorrateiros
São tão pobres que só possuem o dinheiro!
A cortina que cega os seus olhos tem um desenho do cifrão
Não repartem nada; amor, carinho, poesia, muito menos o pão
Seus carros passam velozes justamente por aqueles que os enriquece
Não lembram que somos nós que os pusemos lá em cima e ligeiros tudo esquece
A canção que canta os meus lábios e balança o meu coração
Passa longe da porta do soberbo, do deus que pensam que são
Quando coloco a minha cabeça no travesseiro, durmo um sono pra valer
Porque nada tenho com o que me preocupar, não tenho nada a perder
O seu deus Mamon nada poderá por ti fazer
Quando a sua hora chegar e tiver que morrer
Nos encontraremos lado a lado na última morada do homem
E da mesma forma que todos, terá vermes que te consomem