A floresta
A FLORESTA
A floresta expira em silencio
Sob a ideia de inventar
São descargas de neurônios pensando cortes
Dentes em pé, inclinados, perpendiculares
e travados...
São tantas máquinas, mas com um objetivo só
Horizontais, verticais, circulares, destopadeiras
plainas, fitas, tupias, furadeiras, fendas, facas
facões, machados, motoserras, foices, goivas e inxó
Nomes diversos, mas com um objetivo só
Sulcar, cortar, talhar, plainar, serrar, furar,
igualar, devastar que dó.
Enquanto trini os cortes, revistos em pedrasesmerís,
limalhar e aço...
Chora na floresta: os jacarandás, perovas, cerejeira,
palmeiras, esteiras, mulungus, piúnas, cajás, leiteiros, figueiras
canelas,pequis, guarantãs, itaúbas, marinheiros, castanheiras,
cambarus, jatobás, garapeiros, angicos e cedros... e o “brasil” já extinto
As florestas repousam nos guardeis, balcões, cercas, tonéis
E nos livros de histórias
E agora? O que inventar? Faça a hora.
Edye