A floresta

A FLORESTA

A floresta expira em silencio

Sob a ideia de inventar

São descargas de neurônios pensando cortes

Dentes em pé, inclinados, perpendiculares

e travados...

São tantas máquinas, mas com um objetivo só

Horizontais, verticais, circulares, destopadeiras

plainas, fitas, tupias, furadeiras, fendas, facas

facões, machados, motoserras, foices, goivas e inxó

Nomes diversos, mas com um objetivo só

Sulcar, cortar, talhar, plainar, serrar, furar,

igualar, devastar que dó.

Enquanto trini os cortes, revistos em pedrasesmerís,

limalhar e aço...

Chora na floresta: os jacarandás, perovas, cerejeira,

palmeiras, esteiras, mulungus, piúnas, cajás, leiteiros, figueiras

canelas,pequis, guarantãs, itaúbas, marinheiros, castanheiras,

cambarus, jatobás, garapeiros, angicos e cedros... e o “brasil” já extinto

As florestas repousam nos guardeis, balcões, cercas, tonéis

E nos livros de histórias

E agora? O que inventar? Faça a hora.

Edye

Edye
Enviado por Edye em 12/10/2016
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