PAPO ANTIGO ou ANTES QUE O ALZHEIMER NOS ENCONTRE
Duas senhoras, amigas de longas e longas datas, se encontram após um também longo período de afastamento entre elas:
- “Oi, Maria!
Como vai a sua “bacia”?
- “Dói de vez em quando!
E você, Maria da Glória?
Como vai sua memória?”
- “Hã?? O quê? Ah, ando meia esquecida!
E como vai a Aparecida?”
- “Morreu de disenteria!
Igual o compadre Zé Maria!”
- “Você tem visto o Gastão?”
- “Soube que foi embora pro sertão!
Como anda Dona Onésia?”
- “Muito mal! Sofre de amnésia!
E seu primo Ivã? Como tá Ivã”
- “Anda meio tantã!
Insiste que sou sua irmã!
E o seu marido Eliseu?”
- “Eliseu? Eliseu morreu!
Antes ele do que eu!
Antes que eu me esqueça,
Como vai sua filha Vanessa?”
- “Ela era professora. Hoje tá ruim da cabeça!
Não pode ouvir uma sirene
que quer ir pra escola.
Não bate bem da cachola!”
- “Tá igual o professor Mané,
ficou lelé,
depois que perdeu a muié
pois, quando está sozinho,
fica falando com passarinhos!”
- “ E a prima Guiomar?”
- “ Anda toda metida! Não larga o celular!
É um tal de internet pra lá e pra cá
que esquece até de “mijá”!
- “Oh, maenga! Que dó!
Parece pastor Totó!
Mija-se nas calças.
Usa até fralda!
Você se lembra de Maria Olinda?”
- “Aquela tá viva, ainda!
Mas quem morreu
foi Dr. Abreu!
Ele e Dona Marivone Clemente!
Foi de acidente!”
Antes da despedida,
Uma última pergunta
Que não poderia ser esquecida:
E “Seo” Dudu? Como vai Seo” Dudu? ”
- “Seo” Dudu?
Seo” Dudu morreu...”