Paulistas
Síndrome do pau grande
Paulistas se acham elegantes
Donos do Brasil
O povo mais interessante
Caminham na paulista
Mais correndo que andando
E quando fecham pra lazer
Se tornam monstros ofegando
Vemos uma cidade estrutural
Cheia de poesia e carnaval
Cercada de rebeldia
Que não liberta a euforia
Mais ao centro a burguesia
Com toda soberania
Desfilando a cortesia
Explorando a mais valia
Se dizem seres capitais
Conquistadores coloniais
Vencedores do sistema
Com nojo dos seus problemas
Seus vislumbres são iguais
Todos eles cordiais
Tem temor do que é pobre
asco do credenciado
Se afundam no seu ódio
Disparam contra outros povos
Reclamam dos nordestinos
Como se fossem genuínos
Paulistas problemáticos
Pensam que são carismáticos
No fim são só cabrestos
Para que não enxerguem os seus avessos.