ALHEIO

Alheio.

O sabiá

Recolhe as asas,

Por inteiro,

Atento

Ao tempo da lagarta.

No sopro

Que vem no vento

E na dor repentina,

Canta a tempestade

Que se aproxima.

E a lagarta

Deixa a casa

Desatenta ao olhar

Que se desenha

No bico do sabiá.

E assim,

Vai-se a lagarta,

Antes de se perder

Na seda, e renascer

Nas asas da borboleta.

Mata-se a lagarta

Porque não se conhece

A história

Da borboleta!!!

MAReis

MAReis
Enviado por MAReis em 03/10/2016
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