ALHEIO
Alheio.
O sabiá
Recolhe as asas,
Por inteiro,
Atento
Ao tempo da lagarta.
No sopro
Que vem no vento
E na dor repentina,
Canta a tempestade
Que se aproxima.
E a lagarta
Deixa a casa
Desatenta ao olhar
Que se desenha
No bico do sabiá.
E assim,
Vai-se a lagarta,
Antes de se perder
Na seda, e renascer
Nas asas da borboleta.
Mata-se a lagarta
Porque não se conhece
A história
Da borboleta!!!
MAReis