Canta o passarinho
Canta o passarinho
Como ė triste o seu cantar
Preso na gaiola
Longe de estar pelos céus
Jamais vai poder voar
Pular de galho em galho
Buscar alimentos
Ou mesmo brincar
Pousar na relva
Ser livre e livre voar
Ir a qualquer lugar
ora pra lá e pra cá
Canta o passarinho
Longe do ninho
Longe do seus
Outrora em lugar seguro
Nas matas à beira do rio
Perto de uma cascata
Ou mesmo de uma nascente
Onde nela ele cantaria
Aquele passarinho alegre
Inocente trincava o bico
Ecoava o seu grito
Em forma de canto
Naquele lugar onde sem liberdade
Não servia pra amar e alegrar
Está Junto aos seus
na beira do igarapé
Onde seu canto para seu espanto
Naquele lugar em liberdade
Até suas penas tinham cores vivas
Hoje apagadas pelas tristezas
Da gaiola onde seu algoz
Por maldade
De uma cultura de outrora
Ainda tende em o aprisionar
Aquele passarinho
Que nasceu pra ser livre, voar e cantar
Ser dono dos céus
Lá no meio das matas
Com sua alegria de peito aberto
Num cântico de alegria e liberdade
Nos alegrar
Canta passarinho
Canta passarinho
Canta passarinho
Longe do teu ninho
Longe do teu amor
Talvez um dia esse frio algoz
Um dia conheça o amor
E descubra na vida
O desejo de te libertar
Pois só quem ama de verdade
Deixa livre tudo
Que pode seu coração alcançar
De nada adianta
Um bramido triste numa gaiola
Com um coração oprimido
Por não poder voar
Canta passarinho livre e voa Dos grilhões das gaiolas
Que não te protegem
Apenas maltratam,aprisionam e impedem de te amar
Pois quando tu és livre Maravilhoso sempre é este teu cantar....
Ricardo do Lago Matos