DOÍDOS
Ai, eu minto. Ai, como eu minto!
Mas minto tanto e tanto assim
Não do ser em si nem do que sinto
Não por ser uma dúbia mentirosa,
Mas por não distinguir a verdade
Um tanto quanto doída, preciosa,
Entre os espinhos mórbidos da vida
E os espinhos poéticos de uma rosa.
Mas minto tanto e tanto assim
Não do ser em si nem do que sinto
Não por ser uma dúbia mentirosa,
Mas por não distinguir a verdade
Um tanto quanto doída, preciosa,
Entre os espinhos mórbidos da vida
E os espinhos poéticos de uma rosa.