DÚVIDA MATRIXIAL

Robôs com olhos magnéticos

Terríveis monstros cibernéticos

No telespaço a me fitar

Ao pé do altar, ao celular

Tento fugir, mas não tem jeito

Até no sonho, quando deito

Lá estão eles, onipresentes

Em suas cores deprimentes

Revejo o som, escuto a luz

Da astronave que me conduz

Desfruto de fina iguaria

Da nanotecnologia

Sob a revoada de drones

Encaro fatídicos clones

Indago de minhas paredes

Será que já não sou um deles?