As páginas da descrição.

Caminhei e pisei sobre o ar.

Sonhei sobre as páginas na imaginação.

As letras obscuras cheias de tinta.

Pensei que pudesse entender.

O soçobro dos olhares.

O tempo esquecido na discrição.

Na imensidão do infinito, tentando decifrar o significado do nada.

Os sonhos moveram as nuvens.

Aos auspícios sem tréguas.

Sobre as selas dos calcanhares.

O que seria então dos pesares.

O vento recordando o tempo.

Trocando os passos como destino.

Assombrando os grandes segredos indescritíveis.

O medo da fala irretorquível.

O que seria então a vontade premeditada.

O desmanche dos últimos sinais.

O amanhecer trêmulo predestinado.

Tudo estava substanciado, só tinha sido decifrado.

O vício indelével escondido, perdido na grande curva de um precipício.

Ao encontro da última madrugada.

O que será pensado à representação do medo.

Interpretado sobre os signos povoados pela memória.

Demolida entre os escombros.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 09/09/2016
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