A Imaginação de um ideário.

Não existe caminho.

Nenhuma das proposições.

Muito menos a construção.

Não se trata de ser pessimista.

O que há mesmo é o afundamento.

A acepção uma ilusão.

Morfologicamente a incompreensão.

Não há dialética.

De tal modo a negação da inclusão.

O que prevalece mesmo a ideologização.

Sem alma.

Sem céu e sem deus.

O que será o eterno retorno.

O reinício permanente do nada.

A eternidade da ficção.

A anti-matéria como formulação.

O princípio da incausalidade.

Que mundo é esse.

Apenas a inexistência.

O real é o que não existe como fundamento.

Pergunto o que é a realidade.

O vácuo enquanto continuidade.

Sendo as diferenças resquícios improcedentes.

De onde viemos.

De nenhum ponto.

Então para onde vamos.

Com efeito, não existe lugar para ir.

O que é possível apenas o pensamento.

Estar aqui ou não estar.

A mesma essencialidade.

Qual a substancialidade.

Por que de fato não estamos.

Não há lugar para estar.

A realidade apenas a vontade de poder ser.

Ausência de circunstancialidade.

Com efeito, o ser que não poderá ser.

A ilusão da vontade de ser.

Tudo o que nunca foi e não será.

Quando ar acabar.

O tempo findar-se a hidrogenação.

Tudo será como o princípio da inexistência.

Como se nunca tivesse existido.

A verdadeira realidade.

Não é realidade.

A finalidade de tudo.

É que não existe caminho.

Apenas preceitos coercitivos.

A vida simplesmente exaure.

Nada além do desaparecimento.

O homem apenas seu interminável sumiço.

Como se a repetição não fosse.

Uma interminável tragédia.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 08/09/2016
Reeditado em 08/09/2016
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