A alma se dilatou pelo etéreo insondável
buscando a voz que lhe sussurrava
e lha trazia notícias raras
Nas predições de um tempo vago...
Quem o arauto das macabras previsões?
Quem lhe soprava aos ouvidos
sombrio futuro, amaro destino?
Por que razão tais confidências jorravam
como chamas a queimar a pena,
caso tentasse não registrá-las?
Pior, é que a cada dia,
torpe momento crucial se crava
e na bruma de um futuro ambíguo
se delineia sorte madrasta
E nada, nada reverterá o destino
da desumana gente,
num tempo ignaro.
E os bons?
- Não serão lembrados.