O Homem do Meio-Fio

Na rua o homem parou

Sentou-se no meio-fio

Debruçou-se nos joelhos

Abaixou a cabeça

E permaneceu ali

Por longos minutos

Sem horas de parar

Esquecido do tempo

Sem se movimentar

Olhares partiam de todo lado

Muito diziam, muito julgavam

Mas há certos momentos da vida

Que banalidades como essas

Perdem o mais ínfimo sentido

Ali nada mais estava

Que um homem cansado

De uma longa caminhada

Desde seus primeiros passos.

Endriu Costa
Enviado por Endriu Costa em 03/09/2016
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