FAZENDO AS CONTAS

Hoje eu faço as contas

De tudo o que foi vivido

Quando andava às tontas

Com quimeras envolvido

Me furando em agudas pontas

Achando que era atrevido

Fazendo e sofrendo afrontas

De qualquer saber desprovido.

No fim das contas o saldo

Faz menor o meu medo

E o que ficou de rescaldo

Não é somente arremedo

Pra seguir me dá respaldo

Minha vida não foi só folguedo

Bebi nela um grosso caldo

Fiquei forte como um rochedo.

Medo só tenho da morte

Eu falo sem hipocrisia

Pois ela vence até o forte

Que o seu fim não temia

Hoje tenho por meu norte

O lugar da sabedoria

E a cura, caso eu me corte,

É fazer mais uma poesia.

Silva Edimar
Enviado por Silva Edimar em 02/09/2016
Código do texto: T5748261
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