DE PROSA COM O AMOR
Ah!
Que amor é esse?
Chicote de couro, castigo na mão,
Tempestade de vento, Lua crescente,
coivara ardendo, queimando por dentro..,
em meu coração!
Que amor é esse?
Que só sabe dizer:
-Não! Não me largue, não me cale, não me mate!
Não me deixe chorando no fundo escuro do poço!
Se o amor é Lua crescente, a jornada sem ele é árdua, é só ilusão!
Na vida, quem cultiva o amor, tem sempre uma flor, ao alcance da mão! Não liga para o ódio, para o dente canino,
para a alma de fel.., rosnando no chão!
Não! Não me afogue de novo no tacho!
Diz o amor - só osso sem carne e cabeça de porco,
na soda ardente, na fervura da água..,
É que vira sabão!
Amor desfeito é assim:
- É breve alegria ufana no rosto...sem jeito!
Angústia tirana no imo esquerdo do peito!
Carcará, bicando, rasgando, comendo o tino!
É triste, tristeza de incerto desfeito juízo,
de quem, chorando por dentro,
no fundo do poço..,
tenta sorrir !