A imensidão do silêncio.

Eu já não sei mais pensar.

Refletir é muito difícil.

Esqueci-me de como epistemologizar.

Tudo que sei é olhar.

E perder-me na imensidão do silêncio.

A mais terrível metamorfose.

Não consigo nem mesmo caminhar.

Entretanto, sei o quanto são mentirosos.

Se tivesse voz.

Gritaria pelos corredores.

Revelaria as vossas intenções.

Os imbecis entendem como libertadores.

O que sinto a memória cala.

O que aparece na mente está escondido.

A voz estremece e esquece.

O brilho dos olhos fenece.

A imagem do tempo.

Não sei o que devo sentir.

Como pronunciar as palavras.

Uma onda de vento estronda o tempo.

O que restará aos passos dados.

Tão somente a adivinhação.

Se pudesse olhar.

Contar-te-ia outra história.

A reflexão do tempo futuro.

O presente como passado.

Se não bastasse.

Cantar-te ai a fala.

Então o vento demarcaria a distância.

Eu sei o quanto eles não significam nada.

Não tem nem mesmo o espírito da alma.

Entretanto, se pudesse revelar-te ia.

Os segredos do vácuo.

No entanto, não sei dizer.

Triste destino perdido no ar.

Como sombra da imaginação.

Soçobram os soluços.

Se não bastasse o movimento do átomo.

O que ouço dizer um indelével segredo.

Entretanto, demolidor.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 01/09/2016
Reeditado em 02/09/2016
Código do texto: T5747590
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