Lá vai o homem...
A vida acorda bem cedo; banho, café e pão
Lá vai o homem, fé e esperança no coração
Mesmo que o olhar embaçado lhe diga, não
Permanece, capinando a dureza desse chão
Tão grande, tão verde, tão árido, e tão belo
Que cabe num prego, e na ponta do martelo
Que se arrasta nos pés, no liso de um chinelo
Manchado de branco, azul, verde e amarelo
O asfalto esfarelado, dessas pequenas cidades
Rodam pés de borracha, trabalho, necessidade
Marcam os passos do homem, já de meia idade
Que não se espanta mais com tanta impunidade.