A natureza do eterno retorno de Nietzsche.
A vida é apenas um ciclo temporário.
A evolução e renovação eterna da célula mater.
A reprodução dos átomos quânticos imaginários.
Produzidos por meio da anti-matéria.
O fundamento da anti-causa.
Individualmente a vida passa, coletivamente permanece.
O homem enquanto ser histórico é apenas o seu instante.
O desejo de ser eterno é uma ilusão.
Toda é qualquer existência é apenas o presente.
O eterno retorno das coisas proposto por Nietzsche.
É apenas o desejo da fantasia.
A representação da mesma pela imaginação.
O homem é a sua vontade de ser eterno.
Exatamente, por não ser nada.
Apenas sua essencialidade desviada.
Porém, afirmada ideologicamente.
Na praxiologicidade do tempo.
O que é a vida.
Tão somente um círculo movimentando.
Para uma única direção.
Efetivada pelo princípio entrópico.
Objetivando a sua destruição.
Do mesmo modo o universo.
Em busca de sua essencialidade in-casual.
Negando o tempo, a cognição e, sobretudo, a linguagem.
O sapiens um elo distante.
Entre o passado e o futuro, geneticamente.
Na exaustão do próprio DNA.
Significando que em um tempo imemoriável.
A reprodução não poderá ser contínua.
Tudo que existe será eliminado.
Até mesmo a complexidade dos universos paralelos.
Em um tempo breve, o infinito voltará ser desértico.
Vazio, sua realidade será apenas o vácuo.
Escuro, frio e desértico.
A temperatura negativa produzirá as partículas de gelo.
Será o início da nova fertilidade.
Entretanto, o presente.
O que é a eternidade, o instinto imaginado como proteção do ser.
A recusa à realidade natural.
A luta interminável para poder não ser o nada.
A única coisa que somos.
Com efeito, o que é a memória.
A busca pela imortalidade.
Seja qual for à forma, sua ideologização.
O ego prolongado pelo absurdo.
Sendo a realidade produto de todas as negações.
O que deve ser premente a não ser, o princípio entrópico da destruição.
Tudo que existe é para passar e acabar.
Como se nunca tivesse existido.
Tal proposição constitui na essência de todas as coisas.
Edjar Dias de Vasconcelos.