DEBLATERANDO
A Fumaça sobre os olhos
Inutilmente busca esconder o Ontem,
Que jaz sob os entulhos
De uma vida nunca vívida.
Maquinalmente inspirando
Furiosamente expirando
Nunca realmente aspirando
Tudo o que acreditam que deveria desejar.
Terceiras incompreensões
Seguem minha trilha de certezas
Ladeada por estúpidas divagações
Dos alienados que temem a crua verdade.
Expectando o implorado estupor,
O raro regozijo,
Que apenas os sequiosos pela pura,
Maligna e Esclarecedora Verdade, sentem.
Fruto anômalo de cálidas noites
De denso versejar
De petrificantes dias, sem nada a
Sonhar.
Servo de canina fidelidade
Às gatunas, reptilianas
Ilusões
Que emudecem imberbes esperanças.
Sigo.
Sentindo cada passo,
Mais uma dor,
Arvorando a cada recusa,
Um placebo redentor...