AS RAÇAS, O PECADOR E O PERDÃO - Poesia nº 46 do meu terceiro livro "Relevos"
Nada é igual para se comparar
Com suas belezas, que admito,
Se ao mundo vierem te mostrar
As cores das peles sem tintas,
Que o sangue não há de pintar,
Pelo manifesto deste meu grito!
E eu, vejo em todos, no interior
De alma aberta, o ser superior!
Sou uma carne que te criou
Em misturas benevolentes,
Onde toda perfeição estará
Isenta das falsas caridades.
Eu sou o pai que te ensinou
Não ser amargo e penitente,
Onde a sabedoria não é má,
Para viver digno e decente!
Escutai! Ó pecador das raças!
Os preços que ousam te pagar,
São vis misérias da exploração,
Que te cobram nas desgraças!
Se não quereis sofrer, a vagar,
Deixeis do mal, que dissemina
O preconceito e toda maldição,
Na mente podre que o domina!
Mais que a viva aurora já bonita,
É o perdoar, ter amor, ser crente,
Plantar e regar a flor “igualdade”.
Para que a nossa paz seja infinita,
Ao criador desse soberbo universo,
Que fez cada ser que chora, ri, ama,
E deu em dor o seu filho penitente;
Declame do teu peito meus versos
De lágrimas com muita humildade,
Que o teu perdão hoje se derrama!
Eduardo Eugênio Batista
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