Crises

Minhas, tuas e nossas, rasas, fundas e fortes

Palavras sem poesia, ditas no calor da hora

Deixando tantas cicatrizes, profundos cortes

Vida levando alegria, deixando tristeza agora

Tuas, minhas e nossas, claras, obscuras, reais

Imaginárias, significativas, tão cheias de sais

Estão vergando a alma; juro, não quero mais

Quero paz, somente a paz, que por ora, jaz...

Nossas, minhas e tuas, são como forte tortura

Maltratando coração, cansado, quase não bate

Culpa das crises, mas somos aprendizes; jura...

Lhe peço, o que de mais valor há, não maltrate.