O VELHO E O RAAPER
RAPPER, O HOMEM SOLITÁRIO
“Fui criado na periferia sou da periferia, sou irmão das esquinas vêem o sorriso da mãe na janela vazia.
Lagrimeja a vontade de dormir, cansaço d” alma, morte aos acontecimentos sobre coisas do por vir.
Triste sangue sem vinho do menino; corpuns mortuns sob a antena de celulares um filho.
A Ira deste cara suburbano sem coluna certa, medos, com pedras no rim, água na preula. Carnes exposta nas quebradas da barriga aberta.
Junto as salinas seu tempero no rosto que mora dentro deste novo efeito, sem nome e posta as mãos obre o peito.
Na sala a cristaleira quebrada, nos ventos os beijos nas grades nada ela estava errada.
O pranto da menina sem vestido ou calcinha, o sol sem gotas de chuva no pasto sem gado apenas uma cruzinha.
O estrondo do trovão malvado, folha germinada alucinada de um jatobá solitário no alto do morro, faminto e solto vai um uivo de um cachorro.
A lagrima que rola da mãe solteira, com o filho deitado magro sobre a esteira.
No rosto a careta a espera do correio sentimental, na cerca sem mourão o barraco pintado de cal.
Na porta pinchada que pede casa, na entrada da cadeia geme a alma no catre que fala.
Cabelo afro em desespero da paixão, homem solitário sem chave e moído no pilão.
Moinho de vento faz da farinha sua profissão, boné vermelho em sua fronte, perpassa sob seu eu na prisão.
Nas cercas dos barracos de madeira, nas casas de ricaços, carne parda, desejo do mundo, pau de aroeira.
Seus sonhos são nulos na madrugada fria, aonde os milagres são apenas utopias.
Se a perfeição de um deus ateu, não há piedade para uma virgem estuprada que morreu.
Presa fácil do ódio e das ironias, as lagrimas das mães das freguesias.
A saudade é um ritual de pedra que curva, aos delírios a dor na alma turva.
Ele levanta cabeça contemplando o horizonte, vendo suas culpas nas palavras de silencio dos brutamontes.
A ladainha das velhas de uma rua sem saída, não há morte sem vida.
Toda exaltação de seu achado na rua, sua mulher na sarjeta bêbada e nua.
Nos campos e nas covas do consolação, trairagem, falsidade, dor da alma corpo sem coração.
Nas cicatrizes sobre sua pele tatuagem de catedrais. Um não construir, mãos vazias, olhos fixo em seus ais.
No chão de terra batida do barracão, seus desejos não são uma ordem é só mais uma opressão.
Nos corpos vibrantes dos baile ele vê a ação sobre seu interior, ferocidade do sistema, Senhor Rapper há cantar na periferia, sua dor.
CARTA Á B DO SENHOR RAPPER
Hoje passei perto da igreja no barro preto comecei a pensar sobre a fé e seu segredo.
Que na verdade é a coisa santa que sei que você carrega e respeito, mas como sou agnóstico fiquei ali diante da imagem com meu defeito.
(achei muito bonita)e me coloquei a perguntar, o que é a coisa do crer e a coisa do amar.
Uma coisa pode fazer parte de muitas coisas, mas sem uma definição de coisa que passa a ser o nada alem das somas.
O meio será o sentido do fim,ou o oposto da coisa é o vôo de um Serafim?
E seria dar tempo a coisa é presente do passado, o tempo é fato pelas coisas do desesperado!
Bem, acho eu que aquele que fez a coisa mal feita, constrói uma torre que será o cárcere de todas as coisas aceitas.
Bebe se água amarga da fonte de sua coisa infernal, mas se existe o inferno ele porem opta pelo mal.
Serio ri um sagro riso pela noite fria, há sempre um risco para as coisas floridas deste dia.
O ditador das coisas ri da fé alheia, eu porem estou atrás da porta temendo a pequena abelha.
Olhando você no vazio grito da janela a minha solidão, palavras de desordem contra as coisas do meu coração.
A coisa dentro de mim sai buzinando como a um carro, sem freio na contra mão o sangue escarro.
Desculpe se a confunde com meu raciocínio lógico, mas vejo que todas as coisas tem um sentido filosófico.
Ser assim como você bem assim acho, que hoje tomei umas a mais por isso não me escracho.
quando escrevo este Texto penso em você, sem invadir sua intimidade nisso tudo passei a crer.
Fura a bola das coisinhas da vila do macaco prego, A coisa preside um presídio cheio do meu rapper melado.