Fora do trilho
O mundo rui, enquanto alguém indiferente
Ouve música estrangeira, e se alcooliza
Uma fusão bombástica, se faz dilacerante
Enquanto um outro sóbrio, faz uma baliza
E compra pão, leva pra casa, e pros filhos
O rock adormece o pensar, a bebida forte
Faz parecer certo, mesmo fora do trilho
Pai pensa na família, mas entregue à sorte
Já não há, o mundo consumiu uma metade
A outra se perde pelos caminhos da cidade
Espaços que o nada preenche, separa tudo
Assim é o prepotente e esmagador mundo.