PROBLEMÁTICA DO SER: LOUCO DEMASIADAMENTE LOUCO
O Mundo das Feras
Exige para que possamos nele viver
Loucura, muita loucura
Implica pathos
Cobra que sejamos patéticos
Mas a loucura a que me refiro
É a que nos leva acordar
A fim de viver mais um dia
Na porcaria do Mundo Ferino
Pobre destino
Fome
Miséria
Ódio
Rancor
Dor
E não é tudo que nele há
Doenças
Pestes
Guerras
E não é tudo que nele há
Incompreensão
Intolerância
Causadas por
Arrogância
E
Ignorância
E não é tudo que nele há
Mas é o suficiente para me fazer vomitar
Para me fazer rir do estrume
Que a raça humana é
Em quais situações essa ralé
Pode deixar de supor-se superior
E espalhar azedume
O ser humano aquele inseto
Oriundo de uma das piores seleções naturais
Continua a disseminar seus genes e costumes
Pela face infecta da Terra
Todos os dias um ser humano, um ser repugnante em si,
Nasce
Cresce
E algumas vezes, ou melhor, quase nunca
Chega a se desenvolver
E perde-se
Vivendo sem objetivos
Mentindo, corrompendo, humilhando as pessoas
Contaminando-as
Com um vírus imundo que as levam
A práticas de atos humanos
Demasiadamente humanos
Que parem logo de transmitir essa praga
Que parem de destruir, espalhar dor e sofrimento
Que parem de viver num eterno jogo
Sem razão e com lógica funesta
Na qual prepondera uma esquisita atitude mestra
Aquela que diz ser a normalidade o combustível da vida
Seria normalidade ou loucura?