O ciclo dos encontros

Confusão em tudo o que se vê

Perdida em tudo o que sinto

E o que resta? A solidão

Momento de reclusão e reajuste

Tempo de juntar as peças caídas

As tramas perdidas, e os dramas

Tudo tão intenso quanto as feridas

Marcas sutis de frustrações passadas

Frutos de doações mal dosadas

E a entrega costumeira e não remediada

Por que o meio termo é tão difícil?

Quando a entrega é uma das coisas mais fascinantes e almejadas

Resta tirar proveito da jornada

Não desiludir por tudo ou nada

Mas valorizar o brilho que sempre resta em mim

Que por fim é o que faz seguir

E segue me guiando pra ver...

Em mim, o que tentei encontrar

Em corpos, bocas, mãos e mentes...

Mentindo minha necessidade de ser acolhida

E sendo tolhida a cada nova incursão

Ao doar o que de mais precioso

Não sabia existir em mim

Esvaziando-me em cada tentativa, para enfim

Me deparar com o que de melhor posso achar

Ao me perder e me encontrar por mim!

Larissa Santana
Enviado por Larissa Santana em 02/08/2016
Código do texto: T5717177
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