O ciclo dos encontros
Confusão em tudo o que se vê
Perdida em tudo o que sinto
E o que resta? A solidão
Momento de reclusão e reajuste
Tempo de juntar as peças caídas
As tramas perdidas, e os dramas
Tudo tão intenso quanto as feridas
Marcas sutis de frustrações passadas
Frutos de doações mal dosadas
E a entrega costumeira e não remediada
Por que o meio termo é tão difícil?
Quando a entrega é uma das coisas mais fascinantes e almejadas
Resta tirar proveito da jornada
Não desiludir por tudo ou nada
Mas valorizar o brilho que sempre resta em mim
Que por fim é o que faz seguir
E segue me guiando pra ver...
Em mim, o que tentei encontrar
Em corpos, bocas, mãos e mentes...
Mentindo minha necessidade de ser acolhida
E sendo tolhida a cada nova incursão
Ao doar o que de mais precioso
Não sabia existir em mim
Esvaziando-me em cada tentativa, para enfim
Me deparar com o que de melhor posso achar
Ao me perder e me encontrar por mim!