DIÁLOGO

Então? Pergunta o Tempo ao Vento,

Onde começa o teu desalento?

Para que serve, ao propósito final?

Se estás calmo, traz paz e bondade,

Porém, se te agitas, és fugaz tempestade

Este é teu porvir? O teu ideal?

O vento então ao tempo responde:

Começo nem mesmo eu sei aonde.

O propósito, porém, irei te falar.

Sou o sopro de Deus; o ar que dá vida,

O início da chegada, o fim da partida,

Entre o tudo e o nada, meu ideal é salvar!

O vento ao tempo pergunta; então:

Responda-me amigo, por qual a razão

Estás sempre andando, sem nunca parar?

Nunca retrocedes? Não paras jamais!?

Tão pouco perdoas os que ficam pra trás?

Qual tua missão? Que me hás de falar?

Ó vento amigo, respondo-te agora,

Sou o passado presente, o futuro d’outrora

Se paro um instante, acaba-se a vida,

A todos ofereço parcelas iguais;

Prevalecem porém, os que sabem mais,

Sou o senhor da razão, verdade incontida!

Ignácio Santos.

ignacio santos
Enviado por ignacio santos em 02/08/2016
Código do texto: T5716307
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